sexta-feira, setembro 26, 2008

quarta-feira, setembro 10, 2008

Você sabe como calcular o preço de venda?

Cálculo do Preço de Venda

Para calcularmos o preço dos produtos colocados à venda, devemos refletir sobre um ponto fundamental: será que podemos calcular o nosso preço de venda a partir de nossos custos internos, sem nos preocuparmos com a concorrência? Obviamente a resposta a esta pergunta é NÃO. Cada vez mais, nossos clientes estão pesquisando preços e procurando qualidade, tanto dos produtos quanto do atendimento. Assim, os preços calculados através de fórmulas servirão apenas como um referencial para comparação com os de mercado. Isso não significa dizer que não devamos calculá-los, ao contrário, esse cálculo nos dará um parâmetro para avaliarmos se a nossa estrutura de custos nos permite ser competitivos. Antes de entrarmos no cálculo propriamente dito vamos definir alguns termos utilizados:

Despesas Fixas: são as despesas realizadas pela empresa, independentemente do volume de vendas, tais como: aluguel, salários e encargos, água, luz, telefone, manutenção, depreciação, contador, pró-labore, etc.

Despesas Variáveis: são as despesas realizadas e que dependem do volume de vendas, tais como: impostos sobre vendas (ICMS, PIS, Cofins, IR, Contribuição Social, ou Simples), comissões sobre vendas, etc.

Custo de Aquisição: trata-se do custo de aquisição das mercadorias destinadas à venda, deduzindo-se o valor do ICMS, que será compensado com o valor do ICMS da venda. OBS: Caso a empresa tenha a sua atuação no Estado de São Paulo e tenha optado pelo Simples Paulista, o ICMS da compra não é deduzido, pois a alíquota do Simples Paulista já contempla esse crédito.

Lucro Desejável: representa a remuneração do capital investido na empresa. Normalmente, é calculado com percentual superior às aplicações financeiras disponíveis no mercado de baixo risco. Assim, como todo negócio envolve riscos deve-se esperar uma taxa de retorno maior. Para o cálculo do preço de venda através de fórmulas, este percentual sobre o investimento é convertido em um percentual sobre o faturamento.

Margem de Contribuição: significa o valor ou percentual do preço de venda com que cada produto CONTRIBUI, para a absorção das despesas fixas, depois de deduzidos todos os custos e despesas variáveis.

Ponto de Equilíbrio: representa o momento em que o faturamento da empresa cobre todos os custos e despesas fixos e variáveis, mas não gerou nenhum lucro.

Fórmula para o Cálculo do Preço de Venda:
Dados:
Faturamento Previsto =" R$" 30.000,00

Despesas Fixas =" R$" 6.000,00

Despesas Fixas (%) =" 20%" (R$6.000,00/R$30.000,00x100)

Despesas Variáveis:

ICMS =" 18%"

Simples =" 5,8%"

Comissões =" 5%"

Total =" 28,8%"

Investimento Total =" R$" 50.000,00

Lucro Desejado =" 3%" a. m. =" R$" 1.500,00 (R$ 50.000,00X3/100)

Lucro s/Faturamento =" 5%" ( R$ 1.500,00/R$ 30.000,00x100)

Custo Unitário de aquisição da mercadoria =" R$" 12,20

Custo Unitário de aquisição da mercadoria sem ICMS de 18% =" R$10,00"
Assim teremos:

Custo de Aquisição (s/ICMS) Preço de Venda =" ---------------------------------"

100% - ( %Desp. Fixas + %Desp. Variáveis + %Lucro Líquido)
R$ 10,00 R$ 10,00 Preço de Venda =" --------" =" ---------" =" R$" 21,65 1 ? (0,20 + 0,288 + 0,05) 0,462

Conforme mencionamos no início de nossa explanação, calculando-se o preço de venda a partir dos custos poderemos chegar a um preço de venda incompatível com o mercado e, portanto, sem condições de competir com a concorrência. Assim sugere-se que nas condições atuais analise-se a situação dos custos e despesas da empresa frente aos preços de mercado, calculando a Margem de Contribuição e o Faturamento de Equilíbrio.

Cálculo da Margem de Contribuição e do Faturamento de Equilíbrio.

Utilizando os dados acima e um preço de mercado de R$ 20,00 teremos a seguinte situação:

Unitário Totais

R$ % R$ ----------- --------- ---------------------
Preço de Mercado 20,00 100,0 ? ( - ) Despesas Variáveis 5,76 28,8 ? ( - ) Custo Variável (Aquisição) 10,00 50,0 ? (=") Margem de Contribuição 4,24 21,2 ? ( - ) Despesas Fixas 6.000,00 (=") Lucro Desejado 1.500,00
Assim, utilizando-se os dados conhecidos, chegamos a uma margem de contribuição de R$ 4,24 por unidade, que representa 21,2% do preço de mercado. Portanto, 21,2% do Faturamento deverão ser no mínimo iguais a R$ 6.000,00, que representam as despesas fixas a serem cobertas pela margem de contribuição. Assim se um valor X de faturamento multiplicado por 0,212 tem de ser igual a R$ 6.000,00, se dividirmos R$ 6.000,00 por 0,212 chegaremos ao Faturamento de Equilíbrio:
Faturamento de Equilíbrio =" R$" 6.000,00/0,212 =" R$" 28.302,00.

Se quisermos saber a quantidade de unidades que deveremos vender para chegar a esse faturamento é só dividir o valor do faturamento pelo preço unitário:

Quantidade de Equilíbrio =" R$" 28.302,00/R$ 20,00 =" 1.415" unidades/mês.
Se esta quantidade não puder ser atingida deveremos rever os custos da empresa a fim de compatibilizá-los com o mercado.
Se quisermos saber qual é o faturamento necessário para obtermos o lucro desejado deveremos somar o valor do lucro ao valor das despesas fixas (R$6.000,00 + R$ 1.500,00 =" R$" 7.500,00) e fazer os cálculos da mesma forma apresentada anteriormente:
Faturamento com Lucro desejado =" R$" 7.500,00/0,212 =" R$" 35.377,00, ou 1.769 unidades.

OBS: Em todos os cálculos aqui apresentados foram considerados com preços e custos com pagamento à vista. Portanto se tivermos preços e custos com valores a prazo deveremos primeiro transformá-los em valores à vista.

Para o cálculo do Faturamento de Equilíbrio considerou-se o preço de um único produto em relação às despesas fixas totais da empresa. Caso a empresa comercialize vários produtos dever-se-á calcular o preço médio ponderado de todos os produtos comercializados. Assim, imaginemos que a empresa comercialize três produtos conforme abaixo:

PRODUTO
PREÇO DE MERCADO
PARTICIPAÇÃO NO FATURAMENTO
A
R$ 10,00
20%
B
R$ 20,00
30%
C
R$ 15,00
50%Preço Médio =" (R$10,00x0,20)" + (R$20,00x0,30) + (R$15,00x0,50) Preço Médio =" R$" 2,00 + R$ 6,00 + R$ 7,50 Preço Médio =" R$" 15,50.

fonte: http://www.sebraesp.com.br/principal/abrindo%20seu%20neg%C3%B3cio/produtos%20sebrae/artigos/listadeartigos/preco_venda.aspx

quarta-feira, setembro 03, 2008

BOLSA DE VALORES



Como investir na Bolsa de Valores

http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/bolsa_valores/index.shtml






Um quarto do volume financeiro negociado na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em 2006 saiu da carteira de "pessoas comuns", ou seja, gente com pouco conhecimento em finanças e o desejo de ganhar dinheiro no longo prazo. As perspectivas para o futuro próximo - com taxa de juros em queda e economia em ascensão - também são boas. Por isso, vale a pena entender como comprar e vender ações, uma operação bem mais simples do que os tumultuados e já superados pregões da Bolsa faziam supor.
1. Investir em ações é um bom negócio?
Em 2006, os papéis da Bovespa valorizaram-se 32% - o dobro da média de rendimento de um fundo de renda fixa. As perspectivas para o médio e o longo prazo também são boas, concordam os analistas. Os principais indicadores financeiros do Brasil mostram que o país tem tudo para atravessar um ciclo de crescimento sustentável, com estabilidade para a economia e oportunidades para as empresas. E uma vez que as empresas lucram mais, seus sócios - ou seja, todos os acionistas - também ganham mais. É importante ressaltar, porém, que investir neste mercado exige cautela: é preciso analisar os riscos e contar com a possibilidade de retorno do investimento no longo prazo.


2. Como faço para investir na Bolsa?
Há dois caminhos para o investidor comprar e vender ações: via corretora de valores ou bancos. As corretoras são membros das Bolsas de Valores credenciados pelo Banco Central e habilitados a negociar valores mobiliários com exclusividade no sistema eletrônico da Bovespa. Para comercializar ações, portanto, o investidor precisa ser cliente de uma dessas empresas. Elas oferecem análises de mercado que indicam o melhor momento para comprar e vender papéis para obter melhores resultados. Já os bancos administram fundos de ações, cestas que variam conforme os resultados das empresas cotadas na Bolsa. Neste caso, é o banco quem decide quando e como investir.


3. Afinal, o que são ações?
Ações são pequenos "pedaços" de uma empresa. Por isso, quem detém ações de uma companhia é dono de uma parte dela - ou melhor, é um dos seus sócios. As ações também são chamadas de "papéis", pois, segundo a definição formal, ações são "títulos nominativos" que representam frações do capital social de uma empresa.


4. Como ocorrem as operações de compra e venda?
É simples. Imagine a seguinte situação: o investidor A quer comprar ações de uma determinada empresa; já o investidor B quer vender papéis da mesma companhia. Ambos enviam ordens de compra e de venda, respectivamente, para suas corretoras. Estas, então, transmitem os pedidos para o Mega Bolsa - o sistema eletrônico de negociação da Bovespa, que compara todas as ofertas em tempo real. Caso o valor oferecido pelo investidor A seja igual ao valor pedido pelo investidor B, o negócio é fechado instantaneamente. Se os valores não forem compatíveis, o sistema compara outras ofertas até encontrar um negócio que satisfaça as duas partes. Com milhares de investidores comprando e vendendo ações todos os dias, as operações são fechadas rapidamente.


5. Existe um valor mínimo para começar?
Não. O valor a ser aplicado varia em função do preço das ações que o investidor deseja adquirir e também das taxas cobradas pela sua corretora. Em geral, porém, a compra é feita por lotes de ações, de 100, 200 ações, e assim por diante. Um exemplo: se o investidor quiser comprar um lote de 100 ações ao custo de 50 reais por ação, pagará 5 000 reais. O investidor pode recorrer ainda ao mercado fracionário, comprando ações fora do lote: nesse caso, em tese, ele poderia adquirir até mesmo 1 ação. Porém, devido a custos de corretagem, a operação seria inviável.


6. Após a compra, é preciso ficar com as ações por tempo determinado?
Não. Não há prazo mínimo nem máximo para que os papéis fiquem nas mãos de um investidor. Exemplo disso é a operação conhecida como "day trade", em que o investidor vende a ação no mesmo dia em que a comprou. De outro lado, há pessoas que mantêm os mesmos papéis durante anos e até décadas.


7. É possível negociar ações via internet?
Sim. Para isso, é preciso que o investidor seja cliente de uma corretora membro da Bovespa que disponha do sistema home broker. É por meio dele que são feitas as negociações de compra e venda de ações via internet.


8. O que é home broker?
É a ferramenta que permite a negociação de ações via internet. Ela está interligada ao sistema de negociação da Bovespa e permite que o investidor envie ordens de compra e venda de ações através do site de sua corretora. Segundo dados da própria Bovespa, dezenas de milhares de pessoas compram ou vendem ações por esse sistema todos os meses. Essas páginas oferecem ambientes amigáveis, com informações sobre andamento do pregão, gráficos e análises do mercado. Tudo para minimizar riscos e ampliar ganhos do investidor. Confira aqui, a relação de home brokers autorizados pela Bovespa. (acesse)


9. Que cuidados devem tomar os investidores iniciantes?
Em primeiro ligar, é preciso ter em mente que o mercado de ações envolve riscos. Ainda que os resultados recentes da Bolsa indiquem lucros altos, os ganhos podem variar devido a conjunturas econômicas, setoriais ou relativas às empresas propriamente. Outro ponto importante: é preciso se manter atualizado. Para isso, é necessário ler publicações com indicadores econômicos e tendências de mercado. É possível também participar de sites que simulam investimentos, como o http://emacao.folha.uol.com.br/. Outra dica para quem está começando é participar de clubes de investimento, associações de investidores com interesses afinados. Nesses grupos, é possível reunir recursos para os investimentos, fazendo com que cada participante desembolse quantias baixas - o que minimiza perdas expressivas.


10. O que é preciso levar em conta no momento do investimento?
Deve-se levar em conta três pontos: liquidez da ação escolhida, ou seja, a facilidade de vender os papéis no momento do resgate do investimento; retorno, que são as possibilidades de ganho; risco, as possíveis perdas. A combinação desses três elementos determina a ação a ser comprada ou vendida.


11. Quais são as melhores aplicações?
No início de 2007, VEJA ouviu quatro analistas que mais acertaram em suas dicas de investimento nos dois anos anteriores. Todos atuam em grandes bancos ou corretoras. Eles revelaram suas apostas para 2007. Valder Nogueira recomendou papéis da Netserviços porque a empresa vem aliando crescimento e rentabilidade de maneira "exemplar". Ricardo Araújo Silva escolheu ações da Profarma, que abrira capital recentemente e apresentava uma curva estável de crescimento. Já Roger Downey optou pela Vale do Rio Doce, pela grande demanda do mercado chinês pelo minério de ferro. Ana Cristina Ibri apostou em papéis da Gerdau, cuja receita estava vinculada, em boa parte, ao mercado de construção civil, que tende a ter bons resultados.